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Na relação com um grupo, aparece também a percepção de que se

socializar não é apenas prazeroso. Os conflitos surgem e, com eles, a

possibilidade de mordidas também. Quando uma criança não consegue se

fazer entender ou explorar o ambiente da forma que lhe agrada, é possível que

use esse artifício para marcar seu espaço. A mordida é um mecanismo de

defesa, como também uma expressão de conflitos internos. Cabe aos pais e

professores não supervalorizarem o fato em si, mas as causas que levam uma

criança a morder e a outra a permitir ser mordida. É dessa forma que podemos

ajudá-las a interagir com colegas que têm características diferentes das suas,

ampliando assim as experiências de convivência social.

Ser parte de um grupo propõe momentos desafiadores para as

crianças, como compartilhar, dividir, ceder, pedir e fazer-se entender –

elementos fundamentais para o crescimento e a transformação. Aos poucos,

os conhecimentos sobre o mundo escolar são introduzidos e aprendidos.

Surgem também os famosos “combinados”, que regulamentam a vida

na escola. O convívio com outros alunos e adultos possibilita a aprendizagem

de novas brincadeiras e a vivência de outras formas de ser e de pensar,

ampliando as concepções sobre objetos e pessoas. Inicia-se, então, o

exercício da elaboração e negociação de regras de convivência.

As atividades propostas no K2 propiciam momentos divertidos e de

aproximação entre as crianças, que começam a se reconhecer como colegas

frequentadores de um mesmo espaço, com limites, frustrações e desafios.